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Poatan esnoba provocações de Ankalaev e diz que russo dificilmente vai derrubá-lo: 'Quem tem que aguentar 25 minutos é ele'

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Poatan diz que Ankalaev dificilmente vai derrubá-lo no UFC 313: 'Quem tem que estar preparado 25 minutos é ele' (1:33)

Brasileiro falou com exclusividade à ESPN (1:33)

Alex Poatan vai defender o cinturão dos meio-pesados pela quarta vez neste sábado (8), em Las Vegas (EUA), no UFC 313, e terá como rival no octógono Magomed Ankalaev. E nas semanas que antecederam a luta, o russo apostou no famoso "trash talk" para provocar o atual campeão.

As provocações vieram de todas as formas. Incluindo diversas "promessas" do postulante ao título, que indicou que poderia apostaria na trocação durante todo o combate, mas depois voltou atrás e deixou no ar a possibilidade de derrubar o brasileiro.

Em entrevista à ESPN, Poatan disse que não deu atenção ao que foi falado pelo russo nas últimas semanas, mas garantiu que se a intenção de Ankalaev de fato for derrubá-lo, o seu adversário não terá vida fácil.

"Eu não vi muitas coisas, não (do Ankalaev), não tenho muito interesse. Não quero ficar discutindo com ele na internet. Ele fica falando lá, mas eu não dou nem atenção", disse.

"Não (só) ele, todo mundo fala 'eu vou lutar em pé com o Poatan'. Da forma que eu me comporto no octógono, dificilmente as pessoas vão conseguir me colocar para baixo com facilidade, eles podem até tentar. Para quem entende de luta mesmo, vai ver uns movimentos que seriam de entrada, mas eu saí na hora. Eu não deixo a pessoa chegar. A mesma coisa o Ankalaev, não é assim, não vai chegar e me quedar, vai me colocar para baixo e me finalizar. Pode acontecer? Pode. Mas não é assim. Não dá para você falar antes o que vai acontecer e depois conseguir fazer tudo o que você falou", prosseguiu.

"A maioria das pessoas que falaram que iriam lutar em pé (comigo), é porque já sabiam da dificuldade de me colocar para baixo. É a mesma coisa do Ankalaev falar 'vou lutar com ele em pé'. Chega ali, luta em pé e tudo... aí um exemplo, igual aconteceu com a maioria das pessoas, perderam 'errei, falei que iria lutar com ele em pé'. Não é, não conseguiu me colocar para baixo, não conseguiu achar a distância, essa é a parada. Igual ele falou '25 minutos (de grappling)', quem tem que estar preparado 25 minutos é ele. Quem vai querer fazer esse jogo é ele, então quem vai se forçar mais vai ser ele. Quero ver ele aguentar fazer isso por um bom tempo e trocar porrada. Se não conseguir segurar, coitado."

Sobre os seus próximos os após uma possível nova defesa de cinturão bem-sucedida, Poatan garantiu que a intenção de enfrentar Jon Jones segue de pé, apesar de, neste momento, não haver qualquer tipo de conversa nos bastidores.

"Nos bastidores não tem nada, não. Na minha mente ainda está ainda (a luta com o Jones) porque eu já falei, o Jon Jones falou. Era só mais interesse mesmo da organização (UFC) para que isso aconteça."

'Isso não me preocupa'

Durante o período em que esteve na Austrália, quando, inclusive, virou motivo de "preocupação" para os seus fãs de o ex-campeão do UFC Daniel Cormier por conta da sua preparação para a luta com Ankalaev, Poatan esteve em alguns lugares. Um deles o show do rapper canadense Drake.

O lutador brasileiro contou como foi o encontro com Drake e disse que não se preocupa com a fama de "azarão" do artista, que costuma perder rios de dinheiro por conta de suas apostas, inclusive, no UFC.

"Isso não me preocupa, não (Drake ter fama de azarão). Se fosse assim, as pessoas que acreditam nisso realmente 'o Drake apostou em quem? Então vou jogar todo o meu dinheiro ali'. Vende a casa, o carro, vende tudo e joga o contrário, se as pessoas acreditam. Não, quando é para perder, é para perder, não tem jeito", disse.

"Não teve resenha (com Drake), a gente só foi no show dele, a gente estava na Austrália, e na hora que acabou ele saiu, veio me cumprimentar e ficou por isso mesmo e fomos embora", contou.

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Poatan diz como foi encontro com Drake na Austrália e fala sobre fama de 'azarado' do rapper: 'Não me preocupa'

Brasileiro falou com exclusividade à ESPN

Vivendo o seu melhor momento no UFC, o brasileiro também falou sobre o tamanho da fama que ganhou em tão pouco tempo, não só no seu país, como também mundo afora.

"Às vezes cai (a ficha), às vezes eu esqueço um pouco e falo 'o que está acontecendo?'. Eu tenho 15 anos nas artes marciais, é um longo tempo, mas depois que eu entrei no UFC todo mundo sabe que é uma mídia diferente, gigantesca. E comparando com os outros atletas, como que aconteceu, a minha carreira foi bem rápida. Mas com toda a história, com tudo o que tinha atrás disso, eu acho que isso ajudou bastante", finalizou.