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UFC 316: Ariane Lipski cita treinos de wrestling com Henry Cejudo como trunfo c303x

Em 2023, Ariane Lipski da Silva ou pela temporada perfeita no UFC, conquistando três vitórias em três lutas disputadas no período. O retrospecto positivo alçou a brasileira ao ranking dos pesos-moscas (57 kg). No último ano, entretanto, sua ascensão foi freada por duas derrotas em sequência.

Disposta a deixar a má fase no ado e voltar à coluna dos triunfos, ‘The Queen’, como é conhecida, se forçou a sair da zona de conforto. E isso, para a especialista em muay thai, significa mergulhar de cabeça no mundo da luta agarrada.

De olho em aparar as principais lacunas de seu jogo no MMA, Ariane decidiu migrar temporariamente para Phoenix (EUA), onde treinou por quase um mês na academia ‘Fight Ready’. Por lá, a brasileira teve o acompanhamento de ninguém mais ninguém menos que Henry Cejudo, campeão olímpico de wrestling.

Ao lado de ‘Triple C’ e companhia, Lipski conseguiu experienciar uma verdadeira imersão na modalidade – experiência que agregou ao seu arsenal, conforme a própria relatou em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight.

“A gente ou três semanas lá no começo de janeiro, ainda não estava com luta marcada. Mas desde a última luta, eu decidi focar muito no wrestling. O wrestling completo, não só voltado para o MMA, mas a base mesmo. Então fui para Phoenix, tive ótimos treinos lá. Consegui treinar com o Angel Cejudo, o irmão do Henry Cejudo, que dá aula em uma das melhores turmas de wrestling nos EUA. Tive a oportunidade de treinar com o Henry Cejudo também, com a Tracy (Cortez), então foi uma experiência muito boa. Conheci uma atleta olímpica da França que também me ajudou bastante nos treinos. Consegui evoluir muito o meu jogo de wrestling. A gente deu um gás desde a última luta, nesses meses focando só na parte de grappling”, relembrou.

Saída da zona de conforto

Com os resultados negativos das últimas rodadas, Ariane decidiu inovar e sair da zona de conforto para buscar um desfecho positivo na próxima rodada. Conhecida por sua agressividade em pé, a representante da ‘Rasthai Temple’ não quer desviar de suas raízes, e sim agregar novas armas e habilidades para evoluir como artista marcial.

Curiosamente ou não, em sua última derrota, contra Jasmine Jasudavicius, Lipski foi finalizada. O revés foi o combustível necessário para a brasileira focar no setor.

“Todas as artes marciais estão em constante evolução. Então temos que estar sempre evoluindo e aprendendo. Lógico que não podemos perder a essência. Sou uma striker e sempre quero colocar isso em ação quando vou para a luta. Mas é MMA, também sou finalizadora e agora estou trabalhando a parte do wrestling. O MMA nos desafia a sair da zona de conforto, a não ficar só onde gosto ou quero. Tenho que estar evoluindo junto com o esporte, sair da minha zona de conforto e me surpreender com o que posso fazer em todas as artes marciais”, frisou a curitibana.

Neste sábado (7), em Newark (EUA), Ariane enfrenta Wang Cong no card preliminar do UFC 316.

Além de tentar espantar a má fase, a brasileira defende a sua 13ª posição do ranking. E, diante da rival chinesa, uma striker de elite, Lipski pode ter a oportunidade ideal para testar sua evolução no wrestling e ter o braço erguido novamente após um ano e meio de jejum.