Em má fase no octógono, com seis derrotas seguidas e sem saber o que é vencer desde 2019, Tony Ferguson se preparou de uma forma peculiar para o UFC 296, neste sábado (16), na T-Mobile Arena, em Las Vegas (EUA), para lutar contra a sensação Paddy Pimblett pelo peso-leve. E isso inclui até mesmo um polêmico treinamento militar que já fez vítimas mortais ao longo da história em solo norte-americano.
Durante o camp, o ex-campeão interino dos leves contou com a ajuda de David Goggins, um ex-Navy Seal, a principal força de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos, e simplesmente recriou a famosa "Semana do Inferno".
Aqueles que desejam fazer parte das forças especiais SEAL am por uma verdadeira prova de resistência, com diversas atividades físicas, por mais de 20 horas diárias e com duração total de cinco dias e meio. Após o desafio, são escolhidos aqueles que estarão aptos a fazer parte do grupo. Porém, a média é baixíssima: apenas um a cada quatro aspirantes completa o desafio.
E logo no primeiro dia, El Cucuy já foi colocado altamente à prova. Foram mais de três horas de cardio de alta intensidade, mais de 600 flexões, exercícios para o peito, escalada, remo, entre outras atividades.
"Não há muitas pessoas que conheço neste mundo que possam fazer o que fiz Tony ar e ainda ficar de pé, muito menos estar na esteira no terceiro dia desta semana infernal. A maior parte das filmagens nunca será vista!", declarou Goggins após o lutador de MMA completar o desafio.
Através das redes sociais, o ex-militar fez um diário de como foi a rotina de treinos de Ferguson e mostrou que, de fato, não foi fácil. Em certo momento, inclusive, o ex-campeão inclusive chegou a vomitar.
No caso de Ferguson, a atividade não contou com todas as etapas da "Semana do Inferno", apenas recriando algumas de suas atividades, mas já foi uma mostra que, de fato, o desafio é para poucos.
Na última luta, o norte-americano foi finalizado pelo compatriota Bobby Green, no UFC 291, em Salt Lake City, em setembro deste ano.