Muito além das recentes contratações de astros do futebol mundial como Cristiano Ronaldo e Karim Benzema, a Liga Saudita também mira reforços para fora das quatro linhas. E isso inclui o interesse em treinadores, inclusive do Campeonato Brasileiro.
Nos últimos dias, os portugueses Luís Castro e Abel Ferreira, respectivos comandantes de Botafogo e Palmeiras, que ocupam as duas primeiras colocações no campeonato nacional, foram especulados em clubes da Arábia Saudita.
Castro foi o primeiro. De acordo com o jornal português Mais Futebol, o Al Nassr, clube de seu compatriota Cristiano Ronaldo, fez uma proposta que engloba um salário quatro vezes maior que o treinador recebe no Glorioso. Em contato com a reportagem da ESPN, o treinador de 61 anos desconversou, citou o seu foco no clube carioca, mas não descartou uma mudança no futuro.
Segundo apurou a ESPN, o clube de CR7 também foi atrás de Abel Ferreira, multicampeão desde que chegou ao Alviverde no segundo semestre de 2020. Algoz do Flamengo no último Mundial de Clubes, o Al Hilal traçou o mesmo caminho e acenou com um contrato por duas temporadas, turbinado por um salário de 20 milhões de euros anuais (R$ 105 milhões).
Tais ofertas não chegaram ao Palmeiras, mas sim diretamente a Abel pelo seu estafe. A resposta do técnico, porém, foi a mesma: não.
Quem também atrai o interesse do Oriente Médio é o ex-meio-campista Steven Gerrard, ídolo do Liverpool, que está livre no mercado desde o final de 2022, quando foi demitido do comando do Aston Villa na Premier League. O inglês de 43 anos está em negociações com o Al Ettifaq, segundo apurou a ESPN, e pode comandar, em um futuro próximo, a dupla de brasileiros formada pelo goleiro Paulo Victor e o atacante Vitinho, que jogaram no Flamengo.
Mas, afinal, quem são os técnicos que atual na elite do futebol saudita? Abaixo, o ESPN.com.br fez um levantamento, time por time, sobre quem são os treinadores das 16 equipes do campeonato local. E alguns deles são conhecidos pelo torcedor brasileiro.
A começar por Péricles Chamusca, atualmente o único técnico brasileiro na elite do país do Oriente Médio. Desde 2018 na Arábia Saudita, quando chegou ao Al-Faisaly, o treinador de 57 anos já foi campeão da Copa do Rei, na temporada 2020/21, e atualmente comanda o Al Taawon, que foi o 5° colocado na última temporada da Liga Saudita.
Em 2004, no comando do Santo André, foi campeão da Copa do Brasil em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro, sobre o Flamengo, e ainda rodou por outros clubes como Botafogo, Sport, Portuguesa e Coritiba, ando ainda por Japão e Qatar.
Ex-jogador da seleção do Chile, José Luis Sierra é mais um que trabalha como treinador na Arábia Saudita. Em 1994, ele foi contratado pelo São Paulo e, inclusive, chegou ao Morumbi de helicóptero, mas teve uma agem bem abaixo do esperado no clube brasileiro. Atualmente, comanda o Al Wehda, 13° colocado na última campanha. Antes, ou por Al Ittihad e Al Tai no país.
Há também muitos treinadores europeus por lá, que inclusive são a maioria. Um deles o português Nuno Espírito Santo, de 49 anos, que é o atual campeão da Liga Saudita com o Al Ettihad e, a partir da próxima temporada, terá ninguém menos que Benzema no comando do ataque. O comandante já ou por clubes de camisa na Europa como Porto e Tottenham.
Abaixo, veja os demais treinadores dos clubes da elite do futebol da Arábia Saudita 36372u
Al Adalah - Martin Sevela (Eslováquia)
Al Nassr - Dinko Jelicic (Croácia)
Al Shabab - Vicente Moreno (Espanha)
Al Hilal - sem técnico
Al Ettifaq - sem técnico
Al Fateh - Georgios Donis (Grécia)
Al Tai - Kresimir Rezic (Croácia)
Damac FC - Cosmin Contra (Romênia)
Abha Club - Czeslaw Michniewicz (Polônia)
Al Fayha - Vuk Rasovic (Sérvia)
Al Khaleej - Pedro Emanuel (Portugal)
Al Raed - Marius Sumudica (Romênia)
Al Batin - Zdravko Logarusic (Croácia)
Outros técnicos conhecidos também já aram pela Arábia Saudita, como Jorge Jesus, multicampeão pelo Flamengo entre 2019 a 2020, e que comandou o Al Hilal entre 2018 e 2019 e venceu a Supercopa da Arábia Saudita.
Também português e com agens por Corinthians e Flamengo no Brasil, Vítor Pereira esteve no Oriente Médio entre 2013 e 2014, quando esteve à frente do Al Ahli. Diferentemente de Jesus, porém, ele não conquistou títulos por lá.
Outros brasileiros também já aram pelo país, incluindo Carlos Alberto Parreira (seleção), Zagallo, Paulo César Carpegiani e mais.