Empossado em janeiro como presidente da Libéria, um dos países mais pobres da África, o ex-atacante George Weah, que ou por Milan, Paris Saint-Germain e Chelsea, além de ter sido eleito o melhor do mundo em 1995, enfrenta seu primeiro grande escândalo.
Segundo a imprensa internacional, diversos contêineres carregados de notas recém-impressas de dólares liberianos (a moeda do país) sumiram misteriosamente, gerando um prejuízo de US$ 100 milhões (R$ 404 milhões).
As cédulas foram fabricadas na Suécia, já que a Libéria não possui casa da moeda. Em seguida, foram transportadas ao país africano em meio às últimas eleições, na qual Weah venceu o primeiro pleito democrático da nação em 73 anos.
O escândalo causou enorme revolta dos pouco mais de 4,5 milhões de habitantes da pequena nação, que tem apenas o 181º IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo e sofre desde sempre com casos absurdos de corrupção.
Weah ainda não se pronunciou sobre o caso.
No entanto, o Ministério da Informação da Libéria emitiu uma lista com 15 nomes de suspeitos, que tiveram seus aportes cancelados e estão proibidos de deixarem o país enquanto a situação não for resolvida.
Entre os que figuram na relação, destaque para Milton Weeks, ex-presidente do Banco Central da Libéria durante a gestão da presidente Ellen Johnson Sirleaf, que antecedeu George Weah, e também Charles Sirleaf, filho de Ellen Sirleaf e também ex-comandante do banco.
George Weah, que nasceu e cresceu em uma favela de Monróvia, a capital da Libéria, antes de se tornar um astro do futebol, foi eleito com a promessa de cortar o próprio salário de presidente em 25%, além de consertar o que considerava um "Governo quebrado".
Sua promessa foi de uma gestão "feita para os pobres", além de anti-corrupção.