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VALORANT | Tixinha comenta que Brasil ser campeão mundial 'foi um problema' 4895i

Durante o mês de dezembro de 2023, a comunidade de VALORANT foi pega de surpresa com a saída de diversos casters do quadro de transmissão. Um dos nomes mais antigos da Riot Games no Brasil, Guilherme “Tixinha”, foi uma das pessoas que optaram não se manter para 2024 e o mesmo comentou sobre as mudanças que aconteceram no FPS ao longo dos anos - além de falar sobre como o Brasil ser campeão foi um problema para o cenário.

Falando sobre as mudanças no cenário competitivo ao longo dos quatro anos do VALORANT, durante um dos episódios do podcast MD3, Schaeppi pergunta à Tixinha sobre como ele enxerga essas mudanças. Ao comentar sobre as franquias e as alterações constantes, o ex-caster da Riot Games analisa sobre um problema específico: o título mundial do Brasil.

"O VALORANT teve um grande problema, que foi o Brasil ser campeão mundial. Foi um problema pro VALORANT e ele foi campeão mundial como? Jogando no Brasil. Não precisou ficar jogando lá fora, fazendo bootcamp, que é o método que a galera do CS fala. Hoje você só é campeão no CS se você for morar no NA, na Europa, treinar com os cara todo dia", observou Tixinha.

"No VALORANT isso não aconteceu, a LOUD ficou aqui no Brasil, fez um bootcamp uma, duas semanas antes do campeonato e foi campeã mundial. Acho que esse foi 'um problema'. Pra todo mundo foi: 'Tá, não precisamos do bootcamp, da franquia ou mudar nossa região de lugar. Nós já temos os melhores do mundo aqui e eles vão treinar a galera'", adicionou. "Não sou contra a franquia, acho interessante. Talvez eu seja contra a maneira como foi lidada, até como o Leo falou que foram lidadas as expectativas. A ideia inicial era pra ser uma liga onde as três regiões iam sentir que eram uma liga própria delas, mas não é isso. Tem seis times do NA, a liga é do NA, tá em Los Angeles...".

Apesar das críticas, Tixinha mantém a confiança de que as franquias estão em constante desenvolvimento e que a equipe da Riot Games está atrás de tornar a liga em algo que "dê certo para todo mundo". No entanto, garante que as ligas criadas para o FPS nunca chegarão aos pés das criadas para o League of Legends, como por exemplo, o Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLOL).

"Não vai ser igual do LoL. O CBLOL é um produto muito diferente, nenhuma liga que você criar aqui (Brasil) vai chegar perto do CBLOL [...] Eu esperava muito que o VALORANT fosse igual ao CBLOL, pelo que eu ouvi [...] O CBLOL é uma liga muito bizarra, não ganhamos nada internacionalmente, vai lá pra fora ganha uma partida de uma região que não tem nem time direito, perde pra todo mundo, volta e no mês seguinte o CBLOL bate recorde de audiência", finalizou.

Agora longe da Riot Games, Tixinha revela que o motivo para se distanciar das transmissões teria sido como a empresa trata o VALORANT. Segundo o caster, “estar fora do VALORANT é interessante” devido ao fato do formato ser aberto, dessa forma, as pessoas conseguem viver do jogo sem estar ligado diretamente à responsável pelo título - algo diferente do que acontece no LoL.