<
>

2º menos desenvolvido e economia do tamanho do Barcelona: como é Guiné-Bissau, país de Ansu Fati 314e3z

Na semana ada, o jovem Ansu Fati, de apenas 16 anos e uma das maiores revelações recentes do Barcelona, optou por defender a seleção da Espanha, conseguindo até um aporte em tempo recorde para poder jogar o Mundial sub-17 por La Roja.

Ele também poderia ter escolhido jogar pelo país em que nasceu: Guiné-Bissau, na África, apesar de ter se mudado para a Espanha muito jovem, aos 6 anos, quando seu irmão mais velho, Braima, assinou com o Sevilla.

Uma escolha por Guiné-Bissau, todavia, seria bastante improvável, já que a seleção não possui qualquer representatividade no cenário mundial. Até porque a pequena nação sofre com muitas dificuldades em outros campos, além do esportivo.

Ex-colônia portuguesa, o país de apenas 36.125 km² e menos de 2 milhões de habitantes, é um dos mais pobres do mundo.

De acordo com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a nação tem o 2º pior desenvolvimento humano do planeta, atrás apenas do Níger, também na África.

Ao todo, mais de dois terços da população vive abaixo da linha de pobreza, com expectativa de vida de menos de 58 anos.

Para se ter uma noção, o PIB (Produto Interno Bruto) de Guiné-Bissau é comparável ao do próprio Barcelona, time de Ansu Fati.

De acordo com o Banco Mundial, o PIB do país africano é de US$ 1,458 bilhão (R$ 6,05 bilhões).

Já o Barça tem expectativa de arrecadar 1,047 bilhão de euros (R$ 4,76 bilhões) na temporada 2019/20, como mostrou reportagem recente da ESPN.

Guiné-Bissau declarou independência de Portugal só em 1973. Desde então, convive com corrupção, golpes de Estado e eleições fraudadas, além de assassinatos de políticos, como o presidente João Bernardo Vieira, em março de 2009.

Até hoje, só um presidente (José Mário Vaz) conseguiu completar o mandato de cinco anos.

Nos últimos anos, outro problema grave atingiu o país: traficantes de drogas da América Latina (principalmente colombianos) aram a usar a nação africana como um ponto de parada no transporte de narcóticos, especialmente cocaína, até a Europa.

Tanto é que a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou relatório apontando o risco da transformação de Guiné-Bissau em um "narco-Estado".

Apesar de todas as mazelas, porém, a pequena nação africana vem experimentando relativo sucesso no esporte recentemente.

A seleção guineense conseguiu se classificar para as duas últimas Copas Africanas de Nações (2017 e 2019), apesar de não ter vencido nenhuma partida nos torneios.

Além disso, a esquadra atualmente possui diversos representantes em clubes de médio porte do futebol europeu, especialmente em Portugal.

Se havia o sonho de contar com Ansu Fati para se classificar pela primeira vez a uma Copa do Mundo, porém, isso agora não irá mais acontecer...