513b6z Nesta segunda-feira (16), a partida entre Bélgica e Suécia, pela 8ª rodada do Grupo G das eliminatórias da Eurocopa, foi encerrada ainda no intervalo após o assassinato de torcedores suecos a tiros em Bruxelas, próximo ao local do jogo. Antes da suspensão, o jogo estava empatado por 1 a 1. Morando há quatro anos na Bélgica, onde vive em Antuérpia, cidade vizinha à capital, o jornalista Raphael Tsavkko, de 38 anos, estava na partida e, em relato ao ESPN.com.br, contou como tudo aconteceu no Estádio Rei Balduíno. Desde o momento em que todos ficaram sabendo sobre a notícia à volta para casa. Raphael foi ao jogo na companhia de mais dois amigos até que, durante o intervalo, foi alertado por um deles sobre a demora para a volta dos times ao gramado para o segundo tempo. E foi através das redes sociais que ficou ciente do ocorrido no lado de fora do estádio, assim como grande parte dos presentes. "Eu estava com um amigo brasileiro e uma amiga alemã. Ela notou, no intervalo, que os times demoravam a voltar. Fui procurar a razão e, no X, li sobre. Poucos momentos depois um aviso no alto-falante veio avisando que o jogo havia sido suspenso. Mas, a maioria das pessoas não fazia ideia do que acontecia ou da razão. Aos poucos a notícia foi se espalhando com base em quem avam as redes sociais, recebia ligação de amigos e parentes, etc.", disse. O brasileiro contou que, em um dado momento, os alto-falantes avisaram sobre o ocorrido, indicando que os presentes só poderiam deixar o local assim que houvesse segurança. Abalados, os suecos receberam o apoio do lado belga, que cantou como gesto de união. "Quando o estádio inteiro provavelmente já sabia da história é que avisaram no alto-falante a situação e que a gente não poderia sair do estádio até que houvesse segurança. O que demorou uma eternidade. Enquanto isso, o pessoal cantava em apoio à Suécia, que estavam todos unidos." Os torcedores só foram liberados do local no início da madrugada, segundo relatou Raphael, que também levou mais tempo do que o normal para chegar em casa, precisando, inclusive, alugar um carro de aplicativo. Na saída, o policiamento foi reforçado. "De vez em quando vinham notícias pelos alto-falantes, até que avisaram que iríamos sair às 23h10 (horário local). Depois 23h30, e nada. Só já à meia-noite é que começamos a sair. Tudo organizado, setor por setor, mas para quem tinha que pegar o metrô foi um transtorno, porque nos fizeram dar uma volta que levou quase 50 minutos, caminhando. No fim pegamos o último metrô até o centro, mas de lá tive de alugar um carro e levar meus amigos em casa porque não tinha mais baldeação. E vim dirigindo até em casa", prosseguiu. "Pelo caminho muitos policiais e carros de polícia, armados até os dentes e cercando todo o estádio. E muitos carros de polícia também por toda Bruxelas", finalizou.
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